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QU’IMPORTE ? – Poème de FLORBELA ESPANCA – Que Importa?… – 1923

Traduction Jacky Lavauzelle João da Cruz e Sousa
João da Cruz e Sousa Traduction Jacky Lavauzelle

LITTÉRATURE PORTUGAISE
POÉSIE PORTUGAISE
LITERATURA PORTUGUESA
POESIA PORTUGUESA

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TRADUCTION JACKY LAVAUZELLE
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L’attribut alt de cette image est vide, son nom de fichier est Espanca_Florbela.jpg.
Florbela Espanca
Flor Bela de Alma da Conceição
Poétesse portugaise
8 décembre 1894 – 8 décembre 1930
Vila Viçosa, 8 de dezembro de 1894 — Matosinhos, 8 de dezembro de 1930

QU’IMPORTE ?…
QUE IMPORTA ?…
Poème paru dans « 
Livro de Sóror Saudade« 
1923 

Albert Flamm, Abendstimmung am Rhein, Ambiance du soir sur le Rhin

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Eu era a desdenhosa, a indif’rente.
J’étais la méprisante, l’indifférente.
Nunca sentira em mim o coração
Je n’avais jamais senti mon cœur en moi…

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LA POÉSIE DE FLORBELA ESPANCA – POESIA DE FLORBELLA ESPANCA
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João da Cruz e Sousa Traduction Jacky Lavauzelle

FANATISME – Poème de FLORBELA ESPANCA – FANATISMO -1923

Traduction Jacky Lavauzelle João da Cruz e Sousa
João da Cruz e Sousa Traduction Jacky Lavauzelle

LITTÉRATURE PORTUGAISE
POÉSIE PORTUGAISE
LITERATURA PORTUGUESA
POESIA PORTUGUESA

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TRADUCTION JACKY LAVAUZELLE
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Florbela Espanca
Flor Bela de Alma da Conceição
Poétesse portugaise
8 décembre 1894 – 8 décembre 1930
Vila Viçosa, 8 de dezembro de 1894 — Matosinhos, 8 de dezembro de 1930

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FANATISME
FANATISMO
Poème paru dans « 
Livro de Sóror Saudade« 
1923 

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Caspar David Friedrich, Le Voyageur contemplant une mer de nuages, 1818, Hambourg Kunsthalle

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Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida.
Mon âme, rêvant de toi, s’est perdue.
Meus olhos andam cegos de te ver.
Mes yeux sont devenus aveugles de te voir…



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LA POÉSIE DE FLORBELA ESPANCA – POESIA DE FLORBELLA ESPANCA
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João da Cruz e Sousa Traduction Jacky Lavauzelle

A PROCURA DO FADO – Jacky Lavauzelle

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 A PROCURA DO FADO

A procura do fado Jacky Lavauzelle
Photo Alfama Lisboa Jacky Lavauzelle

A PROCURA DO FADO Jacky Lavauzelle




Jacky Lavauzelle Poema
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A PROCURA DO FADO

Poema – canção
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Hoje vou procurar o Fado secreto
Como Arthur procurando por seu Graal
Nas noites de Lisboa, me disseram
Disseram-me para me perder na Aflama
Lá, eu deveria mergulhar minha alma :
Alfama fica fechado
Em quatro paredes de água
Quatro paredes de pranto
Lá eu vou sentir a Saudade
Lá eu vou entender o fado
No enorme terraço do Martim Moniz, cheio de sol
O metrô abriu como uma estranha baleia
Banhado em uma doce manhã de outono
Martim Moniz acordou com vozes desconhecidas
A luz suave iluminou a escuridão profunda do metrô
Os degraus do metrô guiaram fielmente meus passos
Sonolentos, comecei a minha jornada incerta
Uma curiosa alegria me enche de dúvida
Lá eu vou sentir a Saudade
Lá eu vou entender o fado
O rosto da Mouraria suspirou com uma incrível languidez
La Mouraria queria e esperou o que não poderia acontecer
Em um frenesi quase impassível, é possível?
Eu vaguei pelas ruas da Mouraria
Para ver se eu poderia encontrar algumas letras
Para ver se eu ouvi algumas músicas do dia anterior
Almas vencidas e Noites perdidas
Sombras bizarras Na Mouraria
Lá eu vou sentir a Saudade
Lá eu vou entender o fado
Eu ainda não encontrei nada, pobre infeliz,
Eu então subi, desapontado, pobre infeliz,
Pela estreita e sinuosa Rua dos Cavaleiros
Onde meu passo ficou triste, por quê?
Onde meu passo ficou pesado, por quê?
Eu ainda não encontrei o objeto da minha busca
Mas eu vi cartazes voluptuosos
Onde acendeu lindas fadistas inatingíveis
Lá eu vou sentir a Saudade
Lá eu vou entender o fado
Eu vi fadistas encantadores tão lindos
Que eles poderiam virar o vento mais louco
Levemente véu a luz divina
Traga Marco Polo de volta da distante Ásia
Pare Cristóvão Colombo em sua corrida
Eu vi fadistas encantadores tão lindos
Capaz de acordar os mortos enterrados
E chame como um farol uma alma perdida
Lá eu vou sentir a Saudade
Lá eu vou entender o fado
Uma harmonia estava passando
Entre as persianas semi-fechadas
Na bagunça de calçadas brancas:
Uma harmonia me abraçou carinhosamente
Não quero cantar amores,
Amores são passos perdidos
Uma harmonia me subjugou
Na bagunça de pedras brancas
Lá eu vou sentir a Saudade
Lá eu vou entender o fado
Lá em cima pensei ver a cidade
Eu acho que vi o mundo inteiro
Calçada de Santo André estava me esperando
Eu vi Graça me cobrindo com suas asas largas
E meu peito aberto, aberto enquanto
Eu ouvi meu coração bater alto
Eu escutei e escutei ainda mais
Mas meu coração ficou surdo ainda mais
Lá eu vou sentir a Saudade
Lá eu vou entender o fado
Se cantar está chorando de alegria
Se andar é acompanhar o ritmo do seu coração
Eu estava andando sobre uma dor infinita
E sobre uma esperança igualmente forte
Começando a penetrar nos primeiros
Pequenos becos de Alfama que serpenteavam
Uma oração veio ao meu coração
Eu cantei uma queixa feliz e triste
Aqui, a Saudade me tocou
Aqui, ouvi o coração do Fado
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 A PROCURA DO FADOA PROCURA DO FADO Jacky Lavauzelle




Jacky Lavauzelle Poema