Les graffitis de la Calçada da Gloria de Lisbonne
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O diabo da Calçada da Glória

Ainda assim!
Suavemente
O velho demônio vira sua língua
Em seu saco rasgado
As flores florescem com medo de desfiladeiros nodosos
O velho demônio se perdeu no coração das almas

Ainda assim!
Uma águia em seu ombro
Uma águia nas veias entupidas da cidade
Uma águia fugiu
Cansado do barulho da Baixa e do resto
Cansado dos aromas da rapina

Ainda assim!
Uma águia cansada em seu ombro queima-se
Suavemente
As asas nos trilhos enferrujados do eléctrico foram marcadas
As asas ficaram presas
As asas afundam nos passos de corações perdidos
As asas se esqueceram da ausência
E se cobriram suavemente de vermelho
E as nuvens foram perdidas sobre o Tejo.

Ainda assim!
O desespero aumenta
O desesperado vai sozinho
Ele volta como um templar desfiado
Em seu cavalo morto e em pedaços
O velho demônio esqueceu sua língua
Sobre a águia pobre que se senta em seu coração
O pobre demônio está chegando. Em sua águia pobre
Ele desce
Suavemente
Nos corações das almas cansadas demais para fugir
A Calçada da Glória