INSÔNIA – POEMA JACKY LAVAUZELLE (A hipótese do homem)

insônia
Poesia
*A hipótese do homem Insonia- Jacky Lavauzelle





Poema Jacky Lavauzelle

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A hipótese do homem


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Insônia

Poema

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insônia Poema Jacky Lavauzelle
Photo Jacky Lavauzelle – Fontaine Bartholdi – Lyon

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insônia

Não há
Há mais
Há mais cavalo negro e cavaleiro negro *
O último está morto
Temido no caos da noite

Cavalo preto a galope sem cavaleiro negro
As tumbas permanecem
A grama verde não é mais
Há …
Há sombras
Há essas sombras nas sombras engatadas
Cheio de medo
Emergindo do passado
E me guiando para outra noite
Para outra passagem
Para outras ilusões
Para esta outra noite que já está me esperando
Sombras com sombras
As letras abandonaram o quarto
Por muito tempo já
Apenas segue os males
Sofrimento e vingança esperando pacientemente
A peça cai na espessura da noite
Em um ritual de jato
Com a fidelidade de um cachorro treinado
Gritos de crianças saem do seu covil
Dores rasgadas
Alegrias perdidas
Seres caídos
E eu
No meio
Eu sinto uma estaca gigante no meio
Me derrotar
Nos ossos
Ramos com casca áspera
Em desenvolvimento
Me penetrando os dois olhos
Há …
Há ramos difíceis
Em madeira de amêndoa
E paredes ao redor
Tudo ao redor
A peça caindo no meio do deserto mais ardente
Os mortos estão acordando
E deite-se contra mim
Rasgando minha pele
Enquanto sorrindo para mim
Suas bocas sujas e pútrido
O cavaleiro negro ri
O cavalo de ébano também
E as frases do dia anterior
E as abominações do mundo
Na minha cabeça
E não encontrando mais isso
E eu não ouço mais
Aquele  um som de chicotada sem fim no ar
Quem lambe minhas gotas de sangue
O choro vermeil corre ao longo do horizonte
E o som da minha última gota
No chão macio
E pútrido
Me acorde
O raio de luz
limpa
De uma só vez
A lua negra
O cavaleiro negro encontrou sua montaria preta
Há …

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Note *

INSOMNIE DE VICTOR HUGO
(extrait)

…Et l’ange étreint Jacob, et l’âme tient le corps ;
Nul moyen de lutter ; et tout revient alors,
Le drame commencé dont l’ébauche frissonne,
Ruy Blas, Marion, Job, Sylva, son cor qui sonne,
Ou le roman pleurant avec des yeux humains,
Ou l’ode qui s’enfonce en deux profonds chemins,
Dans l’azur près d’Horace et dans l’ombre avec Dante ;
Il faut dans ces labeurs rentrer la tête ardente ;
Dans ces grands horizons subitement rouverts,
Il faut de strophe en strophe, il faut de vers en vers,
S’en aller devant soi, pensif, ivre de l’ombre ;
Il faut, rêveur nocturne en proie à l’esprit sombre,
Gravir le dur sentier de l’inspiration,
Poursuivre la lointaine et blanche vision,
Traverser, effaré, les clairières désertes,
Le champ plein de tombeaux, les eaux, les herbes vertes,
Et franchir la forêt, le torrent, le hallier,
Noir cheval galopant sous le noir cavalier.

Victor Hugo
Insomnie
Les Contemplations
Nelson, 

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A hipótese do homem
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