A BIBLIOTECA Poema Jacky Lavauzelle

A BIBLIOTECA
Poema
*Jacky Lavauzelle La Bibiothèque





Poema Jacky Lavauzelle

L’HYPOTHESE DE L’HOMME
A hipótese do homem


*
A BIBLIOTECA

Poema

*

A biblioteca Jacky Lavauzelle

****

O que diabos você tem?
Segredos continuam a se moldar em silêncio
Em um longo bocejo
Quem faria um corsário dormir e toda a sua tripulação
Para esquecer até o embarque
A vida se refugiou na cidade
Aqui
Doravante
As frases não respondem umas às outras.
Se não passar o tempo
Passe as ondas
E se perder em uma floresta de ébano
Algumas intenções observam a parte inferior das páginas
Resistente como pode ser pórfiro
E pérolas de Toledo lutando contra o próprio Vulcano
Esmagando as histórias e contos do seu pergaminho de ouro
Vermes infinitos dançam em versos íntimos
Coma as últimas rimas inúteis
Dance nas bordas da prateleira exausta
Esmagar paixões e pensamentos
Não há mais caras amadas
Não há mais vermelho ou preto
Mas dos esplêndidos esqueletos velhos e bordados
Como quartetos perdidos
Anunciando a vinda das últimas almas
Nesta candura lenta e quieta
Vazio para não mais ser lido
Um resto de vinho ao lado da fatia
Eles estão em silêncio
Por muito tempo a espuma maluca da competição verbal
Fechou-se neste jardim de inverno
Onde o inverno em si não vem mais
Onde os olhos se fecharam novamente
Lutas de uma ruptura de infância
Jogos de outra sintaxe
Incêndios de outra literatura
Nós nunca mais teremos esse typo de palavras
Essa luta dos críticos
O aglomerado do antigo
Os livros não vão mais abrir
Nunca mais fechou
As palavras mudaram tanto
Eles se mudaram mais uma vez ainda em um ritmo frenético
Antes de afundar
Batendo e afundando
Bater palmas com toques animados
Eu não consigo mais ouvir essa respiração
Quem tocou nos nossos sonhos
Neste palácio do espírito
Onde tudo está terminado
Para as praias das paixões
Eu não posso mais ouvir as ondas
Nas margens dos sentimentos
Faça um último agradecimento
As ondas de almas em rochas de chifres
O sangue fluiu
ainda
Em tantas fatias
descascadas
Uma última cortina
De memórias silenciosas
Por falta de amor
Por tanta fadiga
Por muitos abatimentos
Nas ruas dos pensamentos
Ter colocado as poucas vírgulas
Tantos tronos destronados em fatias seguem um ao outro
Em um silêncio do céu
Tantos precipícios se estenderam
Tantas vidas fantasiadas
Risos fora pegando cenas da vida
A noite se casou com as cristas dos raios
As palavras estão se retirando
E deite-se
Como o mar recua para se perder lá
Quando ela cai de falésias
Você não ouve nada
Segurando sua orelha
Você não sente mais
Abrindo seu coração
Que essas páginas em putrefação
Você só empurra a poeira estranha
Ruídos da infância e lágrimas estripadas
Os couros se esvaziaram novamente
As palavras guardiões da prisão
Ter entregado as sirenes e os dragões primeiro
Passos e encantos então
Swann do Jockey, Odette e M. de Norpois finalmente
A barbárie desapareceu no café local
As palavras nunca se mataram
assim
Eles se extinguem por não apertar os pontos
aqui
No esquecimento
Um dia tão lindo da primavera

**********************

A BIBIOTECA
Poesia
*Jacky Lavauzelle La Bibliothèque